Foto:Imagem encontrada na netA minha fobia de encarar uma prova ou uma avaliação em vestibular, faculdade, teste, curso ou coisa parecida é maior do que se imagina.
Ilustração "O Monstro da Prova" :Rogério Fernandes Reportagem:Quem tem medo de...prova? (Nova Escola)
Sabe quando você se esforça pra caraca, na hora do "Vamo ver" você dá o melhor de si e, na hora do resultado, você recebe injustamente as notas 50 e até 15 em vez de acima de 70 ou pouco menos que 100? Pois é , tá acontecendo o mesmo comigo, e isso não é só de agora, mas nos meus tempos de colégio, a partir dos meus 16 anos de idade, quando eu estava cursando 1º ano do segundo grau.
Eu ainda me lembro como se fosse ontém. Meu pior sentimento de derrota escolar foi quando eu tinha dezessete anos, na 2ª série do segundo grau, em 1999. Foi na prova de física para o qual passei umas 12 horas praticando, estudando e suando ansiosa . Resultado: praticamente 98% se deu bem tirando acima de 75. E eu fui uma dos dois ou três a tirar menos que isso:tirei 50. Meu sentimento era um misto de desânimo e tristeza com derrota e vergonha. Vergonha por fazer parte de 1% do que se deu mal e a única do sexo feminino. E ficava assim, triste numa multidão de comemorações, tipo "Caraca, tirei 75" ou "Viva!!!Nota 100!!!".Até que uma das colegas queridas me viu triste e ficou me consolando e, mesmo chorando (eu não queria por achar feio chorar na frente de alguém, mas aconteceu) dei um singelo "obrigada". E assim que acabou a aula do dia, saí da escola com uma cara de quem tinha acabado de beber guaraná da cantina. E ,em casa, me tranquei no quarto, não querendo falar com ninguém e nem atender telefone (eu não tinha celular e nem contato com ninguém e nem tampouco internet que praticamente era novidade na época) passei a tarde inteira (eu estudava de manhã) assim, sem coragem de rever a prova. Foi horrível. E, à noite, chorei pior que a Helena [Taís Araújo (Taís Bianca Gama de Araújo,Rio de Janeiro, 25 de novembro de 1978)] da novela das oito chorando de culpa pelo acidente de sua rival das passarelas, Luciana [Alinne Moraes ( Aline Cristine Dorelli de Magalhães Moraes,Sorocaba, 22 de dezembro de 1982)],No dia seguinte, fui a escola ainda com o resultado na garganta e com "ressaca" da tristeza na cara. Nesse dia, perdi 1 quilo.Faltou apetite. Só pensava em morte e rezava pra que Deus me chamasse naquela noite o mais rápido possível.
Minhas preocupações escolares na época eram Física, Química, (Matemática eu era razoável, não chegava ser craque, muito menos pior) ,Português, Literatura e Redação.São nuvens negras que, se juntar, é um temporal em minha vida. Literatura custava séculos pra eu entender a lógica dos clássicos literários, e redação, então, nem me fale. Nesses ambos eu conseguia entre as notas 30 e 60, mesmo me esforçando pra caramba. Acima da média, só milagre. E eu era (ou sou) assim: esforçada no estudo, ansiosa na prova e azarada no resultado final(putz, preciso urgentemente de uma bênção do "Padim Ciço" e um banho de manjericão, arruda e sal grosso!). Imagine se eu encarasse coisas mais difíceis, tipo vestibular, universidade, faculdade...a minha situação seria pior e eu só estudaria pra passar, ou seja, sem interesse algum. A minha psique, pior ainda do que a da mamãe depois da enchente de 2008. Por isso que. hoje, fujo dessas coisas como se eu fugisse de um monstro.
Mas a tal história da minha época de segundona teve um final feliz: no final do ano, passei direto (ufa!). O ano seguinte, no ano 2000, é que era fogo, já que eu estudava e "trabalhava" (era meu 1º ano de "trabalho") ao mesmo tempo. A minha vontade imensa era de brigar com tal "trabalho" para me dedicar somente a escola (eu estava no terceirão) e deixá-lo só pro ano seguinte, já que ele atrapalhava muito no meu desempenho nos estudos. Mas passei. E não se fala mais nisso.
Mas vamos deixar a tristeza de lado, pois estamos perto do Natal e vou passar férias em paz. Hoje estudo numa "escola" de música, suei pra caraca, sofri pra caraca e passei.
No comments:
Post a Comment